É difÃcil de engolir, mas a partir dos 24 anos já estamos ladeira abaixo
Na semana em que o tenista Roger Federer, 35 anos, ganhou seu oitavo tÃtulo de Wimbledon e foi o atleta mais velho a faturá-lo, vale a pena refletir sobre esse monstro do tênis.  Isso não tem nada de trivial.
A maturidade traz algumas compensações, mas aos 24 anos alcançamos nosso pico de desempenho cognitivo-motor. Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada recentemente pelo prestigiado periódico PLoS ONE.
Pesquisadores da Universidade de Burnaby no Canada analisaram os dados de desempenho de mais de três mil jovens com idades entre 16 e 44 anos num jogo de computador chamado StarCraft 2. O jogo tem a mesma lógica de um xadrez e os dados analisados representam milhares de horas de quão rápido os voluntários reagiram aos seus oponentes no jogo e as estratégias que eles usaram no desafio. Jogadores mais velhos, apesar de mais lentos, compensam a desvantagem de velocidade com estratégias mais eficientes no jogo.
A maioria dos estudos que investiga o declÃnio motor e cognitivo com a idade analisa o efeito em populações de idosos. Dessa vez não. Os pesquisadores mostraram que a rapidez cognitivo-motora já começa a diminuir na segunda década de vida, mas são compensadas por estratégias mais eficientes. E dessa vez a evidência não veio de testes de laboratório, mas de um modelo da vida real, o que torna possÃvel a demonstração a compensação com o passar dos anos.
Mas não é em toda atividade que essa compensação acontece. Simuladores de voo e performance no piano são dois exemplos. Por outro lado, em muitos esportes, o maior equilÃbrio mental da maturidade pode ser até mais importante que a velocidade.
Confira o áudio da coluna Cuca Legal, uma parceria do ICB com a Rádio CBN BrasÃlia: