O que realmente mede a felicidade de um povo?

Dinheiro, liberdade, suporte social são exemplos de fatores que contribuem para que uma população tenha a autopercepção de felicidade. Nesse sentido, a Finlândia é apontada como o país mais feliz do mundo. Entretanto, felicidade é mais do que isso.


Recentemente, uma pesquisa envolvendo 156 países elegeu a Finlândia como o país mais feliz do mundo. A análise levou em conta seis valores para chegar a essa conclusão: remuneração, expectativa de vida, suporte social, liberdade e confiança. Nesses quesitos os países nórdicos realmente estão entre os Top 10, mas se você medir felicidade pelo quanto que as pessoas experimentam emoções positivas, países subdesenvolvidos como Paraguai, Guatemala e Costa Rica estão no podium e a Finlândia fica bem para trás.

Outro ângulo dessa discussão é o fato de que os Finlandeses serem a segunda população ocidental com maior prevalência de depressão, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Paradoxal, não? E podemos deixar a discussão ainda mais complexa se analisarmos o quanto as pessoas veem sentido na vida. Nesse quesito, países africanos, como Senegal e Togo, estão muito à frente dos nórdicos, e isso pode ser explicado, em parte, pela maior vivência religiosa encontrada entre os países mais pobres.

Além disso, os Finlandeses assumem que não têm muito hábito de exteriorizar seus sentimentos. E isso no mundo das redes sociais pode ser um ponto positivo para o bem-estar psíquico e satisfação com a vida, já que eles são menos vítimas do ringue virtual de comparações com a grama do vizinho.

Podemos então concluir que a tal felicidade é bem mais complexa que uma meia dúzia de fatores como os levados em consideração para dar o título à Finlândia.

 

 

Confira o áudio da coluna Cuca Legal, uma parceria do ICB com a Rádio CBN Brasília:

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