Pesquisadores de Stanford mostram uma relação negativa entre multitarefas digitais e atenção e memória no dia a dia
Algumas pessoas jovens e saudáveis têm mais queixas de memória que outras. Uma das coisas que podem explicar esse fenômeno nos tempos atuais é a forma como usamos as ferramentas digitais. Essa é a conclusão de um estudo publicado recentemente pela revista Nature.
Pesquisadores da Universidade de Stanford estudaram 80 voluntários com 21 anos de idade em média que tiveram monitorização do diâmetro pupilar e do cérebro por eletroencefalograma (EEG) enquanto desempenhavam tarefas de resgate de memória de conteúdos previamente apresentados. O padrão encontrado no EEG, assim como o diâmetro pupilar, foram capazes de predizer o desempenho nos testes de memória e atenção. As pessoas com atividade alfa mais robusta e pupilas mais contraÃdas foram as que tiveram pior desempenho. Além disso, aqueles que tiveram um forte hábito de multitarefas digitais tiveram menos sucesso nos testes de memória e atenção.
É fato que a internet pode nos deixar distraÃdo durante um trabalho e afetar negativamente o desempenho cognitivo. O cérebro não é tão craque assim para multitarefas. Os resultados são melhores quando fazemos uma tarefa de cada vez, mesmo entre aqueles que nasceram com um dispositivo nas mãos.
O ideal é que as pessoas se eduquem a manter o autocontrole e usar os dispositivos digitais nos momentos certos. É a criação de estratégias de defesa, para ficarmos menos vulneráveis às tentações, como abrir a caixa de email, facebook, twitter a cada cinco minutos durante uma tarefa.
Confira o áudio da coluna Cuca Legal, uma parceria do ICB com a Rádio CBN BrasÃlia: