Placebo não é coisa só de pesquisa cientÃfica. Ele está presente no dia a dia da atividade médica. Entenda um pouco mais sobre o assunto na nossa coluna Cuca Legal.
Na última semana, um estudo publicado por pesquisadores de Chicago nos EUA evidencou pela primeira vez, através de um protocolo inédito que combinava ressonância magnética funcional e ensaio clÃnico, uma área do lobo frontal que define com boa confiabilidade quais pacientes são sensÃveis ao efeito placebo. Os pacientes estudados sofriam de dor crônica por osteoartrite. Os achados podem ajudar no desenvolvimento de terapias mais personalizadas para o controle da dor crônica, além de auxiliar no desenho e interpretação de testes clÃnicos de medicações.
No dia a dia da prática clÃnica, os médicos, à s vezes, lançam mão de vitaminas e analgésicos que não têm ação especÃfica para a condição clinica especÃfica do paciente e discute-se muito se essa prática é ética. As diretrizes de ética médica nos EUA proÃbem seu uso sem que o paciente tome conhecimento, com o argumento que a prática pode enfraquecer a relação médico-paciente. No Brasil, o código de ética médica não ampara o uso do placebo sem o conhecimento do paciente.
Uma pesquisa recente publicada pelo British Medical Journal revelou que a maioria dos americanos não vê problema em receber uma medicação placebo. O estudo envolveu 853 voluntários com idades entre 18 e 75 anos que eram acompanhados por alguma condição clÃnica crônica. Apenas 22% achavam inaceitável o uso de placebo. O restante considerava o placebo uma alternativa possÃvel nos casos em que o médico tem clareza que os benefÃcios são maiores que os riscos e, melhor ainda, quando existir transparência no que está sendo proposto quando o médico é interrogado.
Confira o áudio da coluna Cuca Legal, uma parceria do ICB com a Rádio CBN BrasÃlia: