Redes sociais virtuais fazem bem à saúde. Use com moderação.
Há pelo menos três décadas sabe-se que a vida social de um indivíduo tem impacto em sua longevidade. Essa sociabilidade hoje é vista hoje como um fator até mais protetor à nossa saúde que a atividade física e o peso em dia. Por outro lado, a baixa sociabilidade tem um efeito negativo comparável ao tabagismo.
Um estudo publicado este mês pelo prestigiado periódico PNAS mostrou que isso também vale para a sociabilidade virtual. Doze milhões de americanos usuários do Facebook, nascidos entre 1945 e 1989, foram acompanhados por seis meses. Os resultados mostraram que a interação online confere maior longevidade quando moderada e ainda mais quando complementada por interações off-line. O exagero das interações virtuais teve efeito negativo.
A análise dos detalhes da vida virtual dos participantes mostrou que viviam mais aqueles que se encaixavam entre os 50% que tinham mais amigos no Facebook. O mesmo efeito positivo foi encontrado entre os que postavam mais fotos, o que pode estar associado a uma vida social em carne e osso mais movimentada.
O número de amizades aceitas no período do estudo esteve associado a uma maior longevidade, o que nos faz pensar que a popularidade pode ser boa para saúde. Já o número de solicitações de amizade efetuadas pelo usuário não teve relação positiva ou negativa. Esse último resultado foi desapontador para os cientistas, pois o estímulo de busca de novas amizades virtuais poderia ser uma estratégia de promoção da saúde.
E não adianta ficar contando o número de “likes” de cada post, pois eles não tiveram efeito algum nessa pesquisa.