A memória das mulheres é melhor do que a dos homens em países com mais igualdade entre os gêneros
É sempre bom lembrar que não há qualquer evidência científica de que os homens são mais brilhantes que as mulheres. Testes de inteligência têm mostrado que as pessoas têm apresentado melhor desempenho de geração em geração, fenômeno intrigante conhecido por efeito Flynn. Nosso QI tem mais chance de ser maior que dos nossos pais enquanto o dos nossos filhos será maior que os nossos. James Flynn, o pesquisador que inspirou o termo por ter sido o primeiro a demonstrá-lo na década de 1980, revelou recentemente que sua última pesquisa apontou pela primeira vez que as mulheres não deixam nada a dever aos homens nos escores de QI. A amostragem da pesquisa envolveu voluntários da Austrália, Nova Zelândia, Estônia, África do Sul e Argentina.
De acordo com Flynn, o resultado pode ser explicado pelo maior acesso das mulheres a educação e trabalho, entre outras oportunidades de estímulo cognitivo do mundo moderno. Será que elas vão ultrapassar os homens nas próximas décadas?
Semana passada tivemos a publicação de um grande estudo na revista Psychological Science envolvendo mulheres de 27 países mostrando que elas apresentam um desempenho de memória melhor que os homens em países que têm mais condições de igualdade entre os gêneros. O país em que as mulheres tiveram o melhor desempenho, maior que os homens, foi a Suécia enquanto Gana foi o país em que o desempenho delas foi pior. Além de oportunidade de estudo e trabalho, a tal almejada igualdade entre os gêneros inclui também valores e atitudes.
Confira o áudio da coluna Cuca Legal, uma parceria do ICB com a Rádio CBN Brasília: