Comemos maior quantidade com a família ou amigos do que sozinhos

Facilitação social. Esse é o nome que se dá ao fenômeno de comermos em maior quantidade quando sentamos à mesa com amigos e parentes. E com estranhos é diferente?


Um estudo recém-publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition por pesquisadores da Universidade de Birmingham na Inglaterra avaliou o conjunto de 42 pesquisas que investigaram o efeito social da ingesta durante uma refeição. Os resultados nos mostram um fenômeno de “facilitação social” quando fazemos uma refeição com parentes ou amigos. Em outras palavras, comemos mais quando estamos acompanhados por pessoas conhecidas.

Esse efeito é visto como um comportamento ancestral de caçadores / coletores em que a refeição compartilhada é um momento de se proteger para um futuro próximo de insegurança alimentar. Além disso, a refeição compartilhada é mais prazerosa e, ao oferecer alimento para o seu grupo, ligações sociais são reforçadas. Uma má divisão do alimento pode levar ao ostracismo aquele que come mais. Dessa forma, com o instinto de modular as alianças entre as pessoas do grupo, os que comem menos acabam tendo uma maior ingesta quando em companhia dos seus pares.

A facilitação social não ocorre quando comemos com pessoas que temos pouca intimidade, pois queremos passar uma boa impressão para os estranhos. Isso é particularmente pronunciado entre mulheres que querem passar uma boa imagem para o homem e entre mulheres obesas que não querem ser taxadas de comilonas por desconhecidos ou quase desconhecidos.

 

Confira o áudio da coluna Cuca Legal, uma parceria do ICB com a Rádio CBN Brasília:

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