Didi tá on! Entenda o acidente isquêmico transitório, condição que recentemente acometeu Renato Aragão
Renato Aragão recebeu alta hospitalar nesta terça-feira após internação por um acidente isquêmico transitório (AIT) e, já em casa, com bom humor, se manifestou nas redes sociais dizendo que Didi está on. O AIT ocorre quando uma artéria cerebral é obstruÃda e os sintomas duram menos de 24 horas. Em cerca de 1/3 dos pacientes os sintomas duram menos de uma hora, em outro terço até 12 horas e o restante entre 12 e 24 horas. O correto diagnóstico é imprescindÃvel, já que em 3 meses 10% irão apresentar um acidente vascular cerebral (AVC), sendo que metade deles ocorrerão nas primeiras 48 horas.
Trataremos em seguida o AIT e o AVC pelo termo Doença Cerebrovascular (DCV). Â
Na luta contra a DCV, seu papel é muito maior do que você imagina!Â
A DCV é mais comum entre as entre as pessoas que têm hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, doenças do coração e naqueles sedentários, que fumam e usam muito álcool. Calcula-se que o indivÃduo que identifica e trata um desses fatores de risco reduz seu risco de DCV pela metade. Mais importante ainda é o fato que esse mesmo indivÃduo que adota hábitos de vida saudáveis é capaz de influenciar as pessoas ao seu redor a assumirem também esses bons hábitos. Saúde é mesmo contagiante!
Como identificar um AIT ou AVC?
Toda vez que ocorrer algum destes sintomas, de forma REPENTINA:Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
- Fraqueza de um lado do corpo
- Dormência de um lado do corpo
- Dificuldade visual
- Dificuldade para falar
- Dor de cabeça muito forte nunca antes sentida
- Incapacidade de se manter em pé
O que fazer diante de um sintoma suspeito?
Procurar imediatamente um serviço médico especializado, pois o tratamento na maioria das vezes só tem efeito se realizado nas primeiras horas após o inÃcio dos sintomas.
O tratamento precoce aumenta a chance de preservar a parte do cérebro que está para ser destruÃda, diminuindo assim as sequelas tão temidas como paralisia e perda da fala, assim como o risco de morte.
 O que fazer para evitar a DCV?
- Prática de exercÃcios regulares;
- Alimentação balanceada evitando o consumo excessivo de alimentos de origem animal (ex. carnes, ovos, leites e derivados);
- Não fumar;
- Evitar o excesso de álcool e o estresse;
- Se tiver mais de 40 anos: realizar pelo menos uma vez por ano controle de pressão arterial, dosagem de glicose e colesterol no sangue;
- Se tiver diagnóstico de hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto ou qualquer doença do coração: acompanhamento médico frequente para controle rÃgido destas condições.
Por Dr. Ricardo Teixeira
Confira o áudio da coluna Cuca Legal, uma parceria do ICB com a Rádio CBN BrasÃlia: