Para a ciência, os opostos não se atraem. Entenda a acrofilia.
A acrofilia tem sido estudada entre pessoas que nem se conhecem, situação muito distante de uma relação próxima, como a de um casal. Numa relação a dois, temos um corpo muito robusto de evidências de que os opostos não se atraem. Aqui a homofilia tem que existir para que a relação tenha maior chance de durar.
A tal história que os opostos se atraem realmente é um mito. As pessoas costumam se casar com outras com nÃvel educacional/socioeconômico parecido, com crenças religiosas e polÃticas semelhantes e que têm mais interesses em comum. E a bagagem que carregamos no nosso código genético influencia também a escolha do nosso parceiro. Pesquisas mostram que uma pessoa tem o código genético mais parecido com o do seu parceiro ou parceira quando comparado ao DNA de outras pessoas com mesmo nÃvel socioeconômico, etnia e origem de nascimento.
Pessoas com mais semelhanças que diferenças têm mais chance de se atrair para construÃrem uma relação de longo prazo. Entretanto, vale sempre a pena lembrar que respeitar e incentivar as diferenças pode ser uma das melhores receitas para que essa relação se sustente.
Por Prof. Dr. Ricardo Teixeira
Matéria publicada originalmente no site do Correio Braziliense.
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